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sábado, 15 de dezembro de 2012

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DA TERRA




GEOGRAFIA FÍSICA

A LITOSFERA E O RELEVO TERRESTRE

A Terra se formou há mais ou menos 4,5 bilhões de anos. Ao longo desse tempo, ela sofreu inúmeras transformações. O estudo dessa evolução da Terra é tarefa da geologia, uma ciência muito importante para a geografia física.


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A geologia divide o tempo de existência da Terra em eras geológicas, que duram milhares de anos, havendo algumas que duraram até milhões de anos.


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Para estudar a longa vida de nosso planeta, conhecida como tempo geológico, dividiu-se o tempo em unidades chamadas eras. As eras, por sua vez, foram divididas em períodos, e os períodos em épocas. Poder-se-ia comparar as eras, períodos e épocas aos anos, meses e semanas de nosso tempo. Cada era se caracteriza pela forma como se encontravam distribuídos os continentes e os oceanos, e pelo tipo de organismos que neles viviam. As eras geológicas são: Pré-Cambriana (a mais antiga), Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica (a mais recente). Para estudar a longa vida de nosso planeta, conhecida como tempo geológico, dividiu-se o tempo em unidades chamadas eras. As eras, por sua vez, foram divididas em períodos, e os períodos em épocas. Poder-se-ia comparar as eras, períodos e épocas aos anos, meses e semanas de nosso tempo. Cada era se caracteriza pela forma como se encontravam distribuídos os continentes e os oceanos, e pelo tipo de organismos que neles viviam. As eras geológicas são: Pré-Cambriana ou Proterozóica (a mais antiga), Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica (a mais recente).
As eras geológicas apresentaram as seguintes características:
• Era Primitiva ou Proterozóica ou Pré-Cambriana – Se dividiu em Períodos Arqueano e Algonquiano. Nessa era ocorreu à formação de grande parte das rochas que recobrem o planeta. Essa fase foi marcada por muitas erupções vulcânicas e terremotos. No final surgiram os primeiros seres vivos, nos fundos dos oceanos.
• Era Primária ou Paleozóica – Se dividiu em Períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. Durou mais de 380 milhões de anos. Os peixes proliferaram nos mares, enquanto grandes florestas cobriram boa parte do planeta.
• Era Secundária ou Mesozóica – Se dividiu em Períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. Durou cerca de 140 milhões de anos. Em meio a terremotos e erupções vulcânicas, apareceram répteis gigantescos, como os dinossauros e mais tarde, os primeiros mamíferos e aves.
• Era Cenozóica – iniciou-se há cerca de 60 milhões de anos, dividindo-se em dois períodos:
a) Período Terciário – quando os continentes assumiram a forma que hoje possuem. Nesse período, constituíram-se as grandes cordilheiras conhecidas atualmente (Himalaia, Andes, Alpes, Montanhas Rochosas e outras) e surgiram animais como o cavalo, o mamute e outros mamíferos.
b) Período Quaternário – abrange o ultimo milhão de anos, quando extensas camadas de gelo se formaram em torno do pólo norte, estendendo-se por grande parte da América do Norte, da Europa e da Ásia. Nesse período, deu-se o aparecimento do homem sobre a Terra.




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AS CAMADAS QUE COMPÕEM A TERRA
Durante o período de formação da Terra o planeta foi atingido por inúmeros meteoros de vários tamanhos, que elevaram substancialmente a temperatura da superfície, formando um grande oceano de magma incandescente. Os materiais mais pesados afundaram e formaram o NÚCLEO ou ENDOSFERA, os mais leves ficaram próximos a superfície, formando uma grande camada intermediária, conhecida como MANTO ou MESOSFERA e camada mais superficial formada por silício, alumínio e magnésio, conhecida como LITOSFERA ou CROSTA terrestre.
A crosta terrestre (LITOSFERA) pode ser dividida em Crosta Continental Superior (também conhecida como SIAL devido a sua formação por silício e alumínio) com aproximadamente de 15 a 25 km de espessura, a Crosta Continental Inferior (também conhecida por SIMA devido sua formação por silício e magnésio) com aproximadamente 30 a 35 km, a Crosta Oceânica que é formada por uma camada basílica que tem de 1 a 4 km de espessura e pela camada oceânica que tem cerca de 5 a 6 km de espessura.
Logo abaixo da litosfera, encontramos uma camada intermediária entre a crosta e o manto, denominada ASTENOSFERA, camada onde o material está quase sob estado de fusão e sobre o qual deslizam as placas tectônicas. Mais interiormente a MESOSFERA, também chamada de MANTO, podendo ser dividido em MANTO SUPERIOR e MANTO INFERIOR.
E a 2.900 Km de profundidade temos o NÚCLEO ou ENDOSFERA formado essencialmente por níquel e ferro (por isso também denominado NIFE), também dividido em NÚCLEO EXTERNO e NÚCLEO INTERNO.


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Através de investigações geofísicas através da propagação de ondas sísmicas, revelaram algumas alterações na velocidade dessas ondas indicando diferenças químicas entre uma camada e outra, a chamadas descontinuidades. Assim entre a Litosfera e a Astenosfera temos a descontinuidade de Mohorovicic e entre a Mesosfera e a Endosfera a descontinuidade de Gutemberg.

A crosta é formada por rochas e solos, podendo ser as rochas definidas como agrupamentos de compostos químicos minerais. Solos são a parte exterior da crosta que está em contato direto e indireto com os agentes naturais. Quanto à origem, as rochas podem ser classificadas em magmáticas, sedimentares ou metamórficas.
ROCHAS MAGMÁTICAS, CRISTALINAS OU IGNEAS

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ROCHA INTRUSIVA - GRANITO



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ROCHA EXTRUSIVA - BASALTO
• Rochas ígneas, cristalinas ou magmáticas – formam-se pelo resfriamento e solidificação dos minerais da crosta terrestre, que se encontram derretidos no interior da Terra, ou seja, o magma. Como os minerais ao passar do estado líquido para o sólido se agrupam, tendem a formar cristais, são também chamadas de rochas cristalinas, podendo ser classificadas de intrusivas ou plutônicas quando o magma se resfria lentamente no interior da Terra (ex.: cristais e pedras preciosas), ou extrusivas ou vulcânicas quando o magma se solidifica rapidamente na superfície, expelido pelas erupções vulcânicas (ex.: basalto).

ROCHAS METAMÓRFICAS


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• Rochas Metamórficas – são as que resultam da transformação de outras rochas, pela ação do calor ou da pressão do interior da Terra adquirindo outra estrutura. Essas transformações acontecem devido a pressão ou temperatura muito elevadas (ex.: mármore, gnaisse e ardósia).


ROCHAS SEDIMENTARES




IMAGEM 09 ROCHA SEDIMENTAR DETRÍTICA - ARENITO




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ROCHA SEDIMENTAR ORGÂNICA - CALCARIO


Rochas Sedimentares – São as que se formam por acumulação de materiais desgastados de outras rochas ou de restos de vegetais ou animais, através da compactação de sedimentos provenientes da erosão, do transporte e deposição de minerais (arenito e calcário). Podem ser de compactação de resíduos de outras rochas denominadas detrítica (arenito), orgânica (calcário e carvão) ou química (estalagmites e estalactites), por exemplo.

PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO

Dá-se o nome de relevo ao conjunto de formas da superfície da Terra, resultante da atuação simultânea de dois fatores: os agentes internos (abalos sísmicos e vulcanismo) que criam formas de relevo e os agentes externos (intemperismo e erosão) que os transformam.
O relevo terrestre apresenta uma grande variedade de formas, de primeira ou de segunda ordem. Assim em um planalto encontramos vales e colinas. As principais formas de relevo de primeira ordem são:



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• Montanhas – grandes elevações naturais da superfície da Terra. Um conjunto de montanhas alinhadas constitui uma serra ou cadeia e esta se for muito extensa e muito alta recebe o nome de cordilheira.




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• Planaltos – áreas elevadas e geralmente onduladas, que sofrem erosão constante. Ocorrem em qualquer altitude, mas são freqüentes acima dos duzentos metros.




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• Planícies – áreas geralmente planas, mais baixas que as formas vizinhas. Nas planícies ocorre um fenômeno oposto a erosão, pois elas recebem e acumulam restos de rochas trazidas de áreas próximas pela água ou pelo vento.




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• Depressões – Formas de relevo bem mais baixas que as que estão a sua volta. Chamamos depressão absoluta quando fica abaixo do nível do mar e depressão relativa quando fica acima do nível do mar, mas muito abaixo das formas ao seu redor.





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AS TRANSFORMAÇÕES DA CROSTA TERRESTRE

A crosta terrestre movimenta-se sem parar diariamente. Diariamente, os sismógrafos registram abalos sísmicos, sendo que a maior parte deles, não é percebida por nós. No entanto alguns são terríveis e abrem fendas no chão, estremecem casas e chegam mesmo a derrubar prédios inteiros. Esses grandes abalos são conhecidos como terremotos.
A litosfera é uma espécie de assoalho do planeta. Esse assoalho é dividido em placas, mais ou menos como cacos de cerâmica não cimentada. Essas placas são denominadas placas tectônicas e se deslocam com freqüência devido a forças existente no interior da Terra.
Nos limites dessa placas, tais forças provocam um movimento lateral que causam os terremotos. Além disso, há pontos fracos por onde as rochas quentes do interior, acabam escapando causando as erupções vulcânicas, liberando o magma (lava) do interior do planeta.
O Brasil por se encontrar inteiramente em cima e no meio de uma placa tectônica, possui rochas estáveis e está livre de terremotos e erupções vulcânicas.
Além desses fatores internos, também temos os fatores externos, causado pela erosão, que é o desgaste da superfície terrestre pela ação de vários agentes: São fatores externos:
• Erosão pluvial – causada pela chuva, provocando o desgaste do solo através de enxurradas.
• Erosão fluvial – causada pelas águas dos rios que escavam os leitos dos rios. Quanto maior a velocidade das águas, mais intensa a ação erosiva.
• Erosão eólica – causada pelo vento, porque transporta consigo partículas de areia. O impacto dessas partículas sobre as rochas provoca a erosão.
• Erosão glacial – causada pelas geleiras, que atua cavando depressões e realizando um trabalho de aplainamento do relevo.
• Erosão marinha – causada pelo mar, onde as ondas realizam um trabalho contínuo, destruindo as rochas nos litorais.
• Erosão antropogenética – causada pelo homem.




IMAGEM 16 Erosão do Vento(eólica)




IMAGEM 17 Erosão das Chuvas (pluvial)




IMAGEM 18 Erosão dos Rios (fluvial)




IMAGEM 19 Erosão Marinha




IMAGEM 20 Erosão Glacial (geleiras)




IMAGEM 21 Erosão Antropogênica (homem)


Temos também a Acumulação que é um trabalho construtivo da erosão, para onde são levados os sedimentos retirados e carregados pelas forças das águas (chuva, rios, geleiras, mares e oceanos) e dos ventos, geralmente depositando-os nas áreas mais baixas da superfície terrestre. Assim aqueles agentes transportam esses sedimentos desgastados dos relevos mais altos e depositam nas costas mais baixas do continente.
A ORIGEM DOS CONTINENTES
A atual configuração dos continentes na superfície da Terra, originou-se de um processo que resultou na fragmentação e no afastamento das terras emersas a partir de um bloco único chamado Pangéia.
Duas teorias que se complementam, procuram explicar este processo, responsável pela formação do relevo terrestre e pelas transformações da crosta terrestre.


TEORIA DA DERIVA DOS CONTINENTES




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Segundo Wegener originalmente havia uma única grande massa continental denominada Pangéia, cercada por um único oceano, chamado Pantalassa.
Há 135 milhões de anos, o supercontinente começa a rachar e quebrar-se sucessivamente. A primeira divisão formou-se dois continentes: a Laurásia ao norte e Gondwana ao sul. A partir daí as divisões foram ocorrendo até atingirem a configuração atual.
Wegener não conseguiu provar todas as suas idéias, no entanto as maiores evidências eram as identidades geológicas, de vida animal e vegetal existente entre os continentes. Essas evidências apareciam entre América do Sul e a África, entre a América do Sul e a Austrália, entre a Europa e a América do Norte e entre a África e a Índia.





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TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS




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Na década de 1960, os geólogos americanos Harry Hess e Robert Dietz, conseguiram explicar como os continentes se moviam, depois da descoberta de que as rochas situadas no centro do assoalho submarino são mais recentes do que as que se encontram nas bordas dos continentes, concluindo que verdadeiras esteiras rolantes na crosta oceânica são responsáveis pela movimentação das placas tectônicas.
Ao longo das grandes cordilheiras submarinas, chamadas de dorsais oceânicas, abrem-se fendas por onde passa o material magmático, que após esfriar-se em contato com água fria, forma uma nova crosta, causando a expansão do fundo do mar.
Segundo esta teoria, a crosta terrestre está dividida em placas que flutuam sobre um mar pastoso de lava fervente. As maiores placas tectônicas são: Americana (que se divide em Placa Norte Americana e Sul Americana), do Pacífico, da Antártida, Indo-australiana, Euro-asiática e a Africana. Existem outras menores como a Nazca, a do Caribe, a de Cocos, a da Grécia, a Arábica, a da Anatólia, a Iraniana e a das Filipinas.
Como vimos, os continentes e oceanos movem-se, sendo que os continentes movimentam-se cerca de um centímetro por ano e os oceanos formam e se expandem nesta mesma velocidade, criando novas costas.
É justamente na região de encontro entre uma placa e outra que ocorrem zonas de vulcanismo, abalos sísmicos e as conseqüentes modificações no relevo terrestre. Por isso é que as regiões mais sujeitas ao vulcanismo e terremotos como o Japão, a Califórnia nos EUA, o México, sul e sudeste da Ásia, entre outras, estão situadas nos limites e bordas das placas tectônicas. As áreas mais estáveis, como o Brasil, localizam-se no interior e centro das placas, longe de suas extremidades.




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ESTRUTURA GEOLÓGICA


Estrutura geológica é o conjunto de diferentes rochas de um lugar e os vários processos geológicos sofridos por elas e que dão aos terrenos desse lugar uma característica própria. Temos três tipos básicos de estruturas geológicas no planeta: escudos cristalinos, faixas orogênicas ou dobramentos e bacias sedimentares.
ESCUDOS CRISTALINOS – São uma estrutura geológica muito antiga que sofreram forte processo erosivo apresentando-se desgastadas e baixas altitudes. Quando expostas à ação dos agentes erosivos são chamadas de ESCUDOS CRISTALINOS, e quando estão recobertas por sedimentos são denominados EMBASAMENTOS CRISTALINOS. São exemplos de escudos cristalinos o Planalto das Guianas, o Planalto Brasileiro, o Planalto Canadense, o Planalto Siberiano.
BACIAS SEDIMENTARES – São estruturas geológicas que formadas por processos de acumulação de sedimentos decorrentes do transporte de agentes externos de formação do relevo (chuva, vento, rios, mares), ou seja, a erosão. São exemplos de Bacias Sedimentares, as Planícies de todo o mundo.
FAIXAS OROGÊNICAS OU DOBRAMENTOS – São estruturas geológicas produzidas por movimentos internos da crosta terrestre, resultante de pressões horizontais ou verticais do interior da Terra, dando origem assim as Montanhas. Podem ser divididos em Dobramentos Antigos ou Dobramentos Modernos, dependendo pela antiguidade de sua formação.

FATORES INTERNOS QUE MODIFICAM O RELEVO
Como fatores internos que modificam o relevo temos o Tectonismo, os Abalos Sísmicos e o Vulcanismo.
TECTONISMO compreende todos os movimentos que deslocam e deformam as rochas que constituem a crosta terrestre. Sua principal diferença dos abalos sísmicos é que agem de forma lenta e prolongadamente na crosta terrestre, de maneira pouco intensa. São responsáveis pelas dobras e fraturas no relevo do planeta.
VULCANISMO compreende os fatos e fenômenos geográficos que levam ao extravasamento do magma no interior da Terra até a superfície, sendo que sua manifestação típica é o cone vulcânico e o amontoado de pó, cinzas e lavas formadas pelas erupções.
ABALOS SÍSMICOS – compreende os movimentos horizontais e verticais de grande intensidade e curta duração, que deslocam e deformam a rochas que constituem a crosta terrestre, provocando ondas vibratórias que se espalham em várias direções, provocando a ruptura e acomodação da crosta terrestre, causando os terremotos e maremotos. Ocorrem geralmente nas regiões próximas as bordas das placas tectônicas.
Os limites das placas tectônicas, ou seja, os pontos de encontro entre elas, estão em movimento gerando em um tipo de atividade geológica. Assim os limites das placas podem ser: Limites Convergentes e/ou Zonas de Subducção, Limites Divergentes ou Cristas em Expansão e Limites Tangenciais ou Transformantes.




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LIMITES CONVERGENTES E/OU ZONAS DE SUBDUCÇÃO - são aquelas áreas onde as placas tectônicas convergem (deslocam-se em direção uma da outra) e colidem entre si. Quando de densidades diferentes (uma placa oceânica e outra continental) a primeira mergulha por baixo da segunda denominado limite de SUBDUCÇÃO. Temos também aquelas que apresentam mesma densidade (placa continental e placa continental) e quando chocam-se dobram na superfície enrugando formando as grandes cadeias montanhosas ou dobramentos na superfície da Terra. Esse tipo de limite é denominado de ZONA DE CONVERGÊNCIA.



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LIMITES DIVERGENTES OU CRISTAS DE EXPANSÃO - nessas áreas as placas tectônicas estão em processo de separação liberando o material magmático que escapa pelas frestas abertas na litosfera no fundo dos oceanos, formando um novo assoalho submarino (oceânico) e as Cordilheiras Meso-oceânicas (montanhas submarinas).




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LIMITES TRANSFORMANTES OU TANGENCIAIS – nessas áreas não há convergência ou divergência entre as placas tectônicas, não havendo nem construção, nem destruição da crosta terrestre, pois as placas deslizam horizontalmente (paralelamente) ao lado da outra, formando uma linha conhecida como falha de transformação, podendo causar grandes terremotos na superfície terrestre.





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Os terremotos ocorrem com bastante freqüência nos limites das placas tectônicas. Áreas como o lado oeste da América do Sul estão sobre área de compressão de placas. O lado oeste da África, por exemplo, está sobre o centro de uma placa e os movimentos tectônicos não se manifestam. Os Alpes originaram-se da colisão da placa da África com a da Europa. Há restos de crosta oceânica ali, indicando que havia um oceano onde agora há uma cadeia de montanhas. O mesmo acontece na região do Himalaia, causado pela colisão das placas da Índia e da Ásia.
O ponto crucial para o desenvolvimento da teoria da Deriva Continental, que na sua essência significa movimentação dos continentes, ou ainda que as placas se movem, é que a Terra não é estática.
• Há 400 milhões de anos havia o Pangéia, que reunia todas as terras num único continente
• Há 60 milhões de anos a Terra assume a atual conformação e posição dos continentes.

Atualmente, a África e a América do Sul se afastam 7 cm por ano, ampliando a área ocupada pelo oceano Atlântico. O mar Vermelho está se alargando. A África migra na direção da Europa. A região nordeste da África está se partindo.
Placa oceânica é o nome que designa as placas que se encontram submersas pelos oceanos, enquanto placa continental é o nome dado para designar as placas localizadas sob os continentes.
Existem várias placas tectônicas de diferentes tamanhos, porém as mais importantes são:
a) Placa Africana: Abrange todo o continente africano e através de sua colisão com a placa Euroasiática surgiu o Mar Mediterrâneo e o Vale do Rift;
b) Placa da Antártida: Abrange toda a Antártida e a região austral dos oceanos;
c) Placa Euroasiática: Abrange o continente europeu e asiático, exceto a Índia, Arábia e parte da Sibéria. Inclui a parte oriental do Oceano Atlântico norte;
d) Placa Norte-Americana: Abrange a América do Norte, parte ocidental do Oceano Atlântico norte, uma parte do Oceano Glacial Ártico e parte da Sibéria;
e) Placa Sul-Americana: Abrange a América do Sul e o leste da Crista Oceânica do Atlântico;
f) Placa do Pacífico: Abrange a maior parte do Oceano Pacífico e através de sua colisão com a Placa da Antártida surgiu a Placa Pacífico-Antártica;
g) Placa Indo-Australiana: Abrange a Placa Australiana e a Placa Indiana. Também abrange grande parte do Oceano Índico e parte do Himalaia.





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É importante ressaltar que este resumo é apenas para aprofundamento dos estudos, não substituindo os textos do livro didático, nem as explicações e anotações em sala de aula. Leia, anote as dúvidas e leve para a sala de aula para maior entendimento da matéria. Bons estudos.

Prof. Décio - Geografia
http://conexaogeografia.hdfree.com.br/estrutura_geologica.htm

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Escalas



 Vamos trabalhar a Escala Geográfica, vejam como é simples:
Podemos definir Escala como a representação da realidade no mapa, em que será necessário criar uma correspondência entre o tamanho real do terreno a ser representado e as dimensões do seu papel, como segue o exemplo:
Supomos que sua sala de aula possui 10 metros de largura e 10 metros de comprimento, logo sua sala tem 100m² de área (área do quadrado e lado ao quadrado), então seriam necessário 100m² de papel para desenhar esta sala de aula, o que seria inviável economicamente (haja papel né).
Bom e como resolveremos este problema utilizando seu caderno?
A primeira conclusão que temos é que a área da sala deve ser reduzida para caber em um espaço de uma folha de seu caderno.
Mas como assim?
Vejam o exemplo passo a passa:
  1. Pegamos à régua e medimos 10 cm no caderno, formando um quadrado que tem 10cm de lado;
  2. Este quadrado é nossa sala de aula representada no papel;
  3. Ao fazer isso você já estabeleceu uma Escala de redução da sua sala, ou seja:
1cm ___corresponde a 1m
10cm___corresponde a 10m
1m é igual a 100cm
Logo minha ESCALA da sala é de 1: 100
TIPOS DE ESCALAS
A escala pode ser representada de duas formas a numérica e gráfica:
0 100 200 300
Escala Gráfica /_____/______/______/ cada 1cm no mapa representa 100cm no real
Escala Numérica: 1: 100
APROFUNDANDO UM POUCO MAIS
Mas o que quer dizer?
Quer dizer que a cada 1cm no mapa eu tenho 1m na realidade, por cada um centímetro representar um metro eu tenho uma grande quantidade de detalhes, ou seja, quanto menor o valor numérico da escala, maior será a quantidade de detalhes deste mapa.
Ao tempo que, quanto maior o valor numérico da escala, menor serão os detalhes apresentado no mapa, como por exemplo, um mapa do Brasil abaixo:

















Ou seja, a Escala numérica 1: 40.000.000, assim temos uma pequena quantidade de detalhes sobre o Brasil, no entanto conseguimos visualizar, todos os Estados, bem como outros países, como Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela que compõe o Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul ) que é a união de países a fim de estabelecer metas econômicas, monetárias, sociais, políticas e culturais, é bem claro que este bloco ainda não alcançou todos seus objetivos trataremos disso em outro momento.
Fórmulas para cálculo de Escala:
E = escala
D = distância na realidade
d = distância no mapa
E = D/d --------para calcular a Escala.
D = d*E-------para calcular a Distância Real.
d = D/E ------para calcular a distância no mapa.
Unidades de Medidas e Transformações
Km_________m__________cm
000 00
1km = 100.000 cm
1m = 100cm
Exercícios para fixar:
1 – Qual distância real aproximadamente entre a cidade de São Paulo a Belo Horizonte, em linha reta, utilizando uma escala de 1:25.000.000, se essas distância no mapa mede 2cm. (fonte Sene e Moreira, 1998, p. 431) – Adaptado: Quirino – 2008.
2 – A distância real, em linha reta, entre o marco zero das cidades de Rio de Janeiro e São Paulo e de 362,5 km, que correspondem no mapa em linha reta a 14,5 cm. Pergunta-se qual a Escala deste mapa? (fonte Sene e Moreira, 1998, p. 431) – Adaptado: Quirino – 2008
3 – A distância real entre a cidade A e a cidade B é 1000 km, sabe-se que a Escala utilizada para confeccionar o mapa é de 1:50.000.000. Então qual é a distância entre a cidade A e B, no mapa?
Resolvam e mandem suas dúvidas,
Até a próxima pessoal, se Deus Quiser
Obrigado.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

COORDENADAS GEOGRÁFICAS







Mapa da Terra mostrando as linhas de latitude (horizontalmente) e longitude (verticalmente), Eckert VI projection; [1]

 sistema de mapeamento da Terra através de coordenadas geográficas expressa qualquer posição horizontal no planeta através de duas das três coordenadas existentes num sistema esférico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra. Herdeiro das teorias dos antigos babilônios, expandido pelo famoso pensador e geógrafo grego Ptolomeu, um círculo completo é dividido em 360 graus (360°)

Localização absoluta

Para localizar qualquer lugar na superfície terrestre de forma exata é necessário usar duas indicações, uma letra e um número. Temos que utilizar elementos de referência que nos permitam localizar com exatidão qualquer lugar da Terra. A rede cartográfica ou geográfica dá-nos a indicação das coordenadas geográficas.
Os pontos cardeais dão um rumo, isto é, uma direção, mas não permitem localizar com exatidão um ponto na superfície terrestre porque é um instrumento e mira gabaritado para trabalhar em pequenas distâncias num plano de duas dimensões. O sistema de mapeamento da Terra através de coordenadas geográficas expressa qualquer posição horizontal no planeta através de duas das três coordenadas existentes num sistema esférico de coordenadas, alinhadas com o eixo de rotação da Terra. Herdeiro das teorias dos antigos babilônios, expandido pelo famoso pensador e geógrafo grego Ptolomeu, um círculo completo é dividido em trezentos e sessenta graus (360º).
Assim, quando dizemos que a área X está a leste de Y, não estamos dando a localização precisa dessa área, mas apenas indicando uma direção. Para saber com exatidão onde se localiza qualquer ponto da superfície terrestre — uma cidade, um porto, uma ilha, etc. — usamos as coordenadas geográficas. As coordenadas geográficas baseiam-se em linhas imaginárias traçadas sobre o globo terrestre:
  • os paralelos são linhas paralelas ao equador — a própria linha imaginária do equador é um paralelo;
  • os meridianos são linhas semicirculares, isto é, linhas de 180° — eles vão do Pólo Norte ao Pólo Sul e cruzam com os paralelos.
Cada meridiano possui o seu antimeridiano, isto é, um meridiano oposto que, junto com ele, forma uma circunferência. Todos os meridianos têm o mesmo tamanho. Convencionou-se que o meridiano de Greenwich, que passa pelos arredores da cidade de Londres, na Inglaterra, é o meridiano principal.
A partir dos paralelos e meridianos, estabeleceram-se as coordenadas geográficas, que são medidas em graus, para localizar qualquer ponto da superfície terrestre.

[ Sistemas de Coordenadas Geográficas

Existem pelo menos quatro modos de designar uma localização exata para qualquer ponto na superfície do globo terrestre.
Nos três primeiros sistemas, o globo é dividido em latitudes, que vão de 0 a 90 graus (Norte ou Sul) e longitudes, que vão de 0 a 180 graus (Leste ou Oeste). Para efeitos práticos, usam-se as siglas internacionais para os pontos cardeais: N=Norte, S=Sul, E=Leste/Este, W=Oeste.[2][3]
Para as longitudes, o valor de cada unidade é bem definido, pois a metade do grande círculo tem 20.003,93km, dividindo este último por 180, conclui-se que um grau (°) equivale a 111,133km. Dividindo um grau por 60, toma-se que um minuto (') equivale a 1.852,22m (valor praticamente idêntico ao da milha náutica). Dividindo um minuto por 60, tem-se que um segundo (") equivale a 30,87m,
Para as latitudes, há um valor específico para cada posição, que aumenta de 0 na Linha do Equador até aos Pólos , onde está o seu valor máximo (90º de amplitude do ângulo).

Graus, minutos, segundos

Neste sistema, cada grau é dividido em 60 minutos, que por sua vez se subdividem, cada um, em 60 segundos. A partir daí, os segundos podem ser divididos decimalmente em frações cada vez menores.

Minutos decimais

Neste sistema, cada grau é dividido em 60 minutos, que por sua vez são divididos decimalmente.

Graus Decimais

Neste sistema, cada grau é dividido em frações decimais. A forma de nomeação difere um pouco dos dois primeiros sistemas: a latitude recebe a abreviatura lat e a longitude, long. Há valores positivos e negativos. Os valores positivos são para o Norte (latitude) e o Leste (longitude) e não recebem um símbolo específico. Os valores negativos são para o Sul (latitude) e o Oeste (longitude), sendo acrescidos do símbolo -.

Universal Transversa de Mercator

Para efeitos de comparação, este sistema usa três dados em vez de dois. O primeiro é o setor do globo terrestre, o segundo é a distância relativa ao centro do meridiano - sempre 500000.00m - e o terceiro é a distância do Pólo Sul (para lugares no Hemisfério Sul) ou da Linha do Equador (para lugares no Hemisfério Norte).